sexta-feira, 25 de junho de 2010

Agridoce

Não faço pose
Não peço close
Sempre implico
Sempre faço bico
Não digo que quero
Se não tiver querendo
E quando quero
Não desisto
Nem morrendo.
Sou feita de mel
E de puro veneno.
Me desfaço em mil
Gosto de provocar calafrio
Sou birrenta e abusada
Incompreensivelmente amada.
Vilã mal humorada
Anti heroína declarada
Assim de cara lavada
Todos sabendo
O que levam pra casa.
Anti ética
Politicamente incorreta
Por dizer o que penso,
Mal educada.
Prefiro morrer
Que viver calada.
Extremista, radical
Em cima do muro?
Nem a pau!
Amo com todas as forças,

Sempre vou ao fundo,
Sempre vou até o final.
Sempre dou tudo de mim
E não aceito que,

de outro jeito
Sejam comigo
Senão assim.
Amiga dos meus amigos
Os poucos que me agüentam
E por esses enfrento tudo
Fogo, água e tormenta.
Família pra mim
Não é sangue
Nem laços de tradição
Família são todos aqueles
Que cabem no coração.
Catastrófica e bipolar
Estou aqui e acolá
Revezando entre a solidão
E o desejo de multidão.
Quero ler
Todos os livros do mundo
Quero viver cada segundo
Quero amar com intensidade
Quero rio e liberdade.
Quero Ser, quando crescer.
Quero Ser
Mas só quando,
E se,
Eu crescer.

Viviane do Carmo

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